segunda-feira, 24 de março de 2008

Uma vida pra tirar você da minha

É, a quaresma acabou, os quarenta dias de sacrifício se passaram e depois dele veio um feriadinho, mta comilança... bacalhau, ovo de Páscoa, dois aniversários... e bem provavelmente uns quilinhos a mais.

Na última semana, e principalmente na sexta-feira da Paixão, meu sacrifício se tornou difícil de cumprir, ele fez de tudo pra chamar minha atenção, mandou email, colocou foto no MSN que dizia respeito a mim, mas aguentei firme, segurei-me porque faltava só um dia.

Contudo, no final de semana ele não apareceu online, normal de final de semana ele nunca fica. E hoje segunda também não, isso me deixou doida novamente. Será que meu sacrifício foi em vão? Parece que estou mais apaixonada do que antes. O problema é que continuo fantasiando... na verdade só troquei as conversas com ele pela imaginação. E é claro que se não deletá-lo da minha mente, se permitir-me continuar pensando nele, não tentar mudar o foco dos pensamentos, não vai passar.

O problema é que não te-lo esquecido após os 40 dias de jejum e estar ainda mais doida por ele, me leva a ter fé novamente de que pode dar certo: porque o pedido que fiz foi que se não tivesse que ser, se fosse melhor pra mim esquecê-lo, que esses período de abstinência me libertasse do que sinto por ele. E isso não aconteceu...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Pedaço de mim - Chico Buarque

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
Que evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
Num membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
Eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

terça-feira, 11 de março de 2008

Tenho trabalhado bastante, os 3 dias que passo na Universidade estão bastante corridos. Início de semestre. Até as coisas entrarem nos eixos demora um pouco. Sempre acho que a próxima semana vai ser mais tranquila, mas até agora o ritmo está forte.

Contudo tive um final de semana divertido. Na quinta fui pra Campinas, tinha a primeira reunião do ano do meu grupo de pesquisa do doutorado. Foi bem legal rever os colegas de grupo, conhecer os ingressantes. Estava com saudades de Campinas, da UNICAMP e de todas as possibilidades que a vida lá oferece.Começo de semestre, vida nova. Limpei todos os meus armários e organizei minhas coisas no pequeno ap. que divido com uma amiga que também faz doutorado. Mas o que mais me animava de voltar a Campinas eram os cinco convites pra sair que me aguardavam. Quatro deles eram de ex-ficantes e um de um moço que conheci via orkut, faz Mestrado.

Na quinta, ía no cinema com o Breno, que furou. Detesto levar bolo. Eu já estava trocada e pronta pra sair quando ele me avisou que não poderia ir porque tinha que terminar um trabalho. Ele perguntou se tinha problema e eu disse que tinha sim, que só aceitaria outro convite dele pra sair se não tivesse absolutamente nada mais interessante pra fazer, que se tivesse passando um filme meia-boca na TV eu ia preferir assistir sozinha que sair com ele. Condescendência mata, aprendi isso há duras penas. Mas nem me importei muito porque o final de semana prometia...

Na sexta conheci na UNICAMP o moço com o qual eu vinha teclando há umas semanas, não me decepcionou, fiquei empolgada com ele, conversamos um pouco antes da aula dele e combinamos de ir no cinema no dia seguinte. Como combinado, pontualmente ele estava lá. Assistimos "Meu nome não é Jhonny", mas um filme brasileiro interessante. (Os melhores filmes que assisti ultimamente são brasileiros, fico orgulhosa da originalidade do nosso cinema e os bons filmes que ele tem produzido.) Depois do filme andamos pelo shopping, passamos 7 horas juntos, conversamos bastante, mas eu estava um pouco frustrada porque ele não tinha me beijado. Finalmente ele resolveu tomar a iniciativa. (Eu costumo tomar, mas os homens infelizmente ainda se assustam com isso). Combinamos de nos ver novamente na próxima semana.

No domingo fui almoçar com um amigo e conhecer a casa nova de um outro amigo. Fui na missa a noite e dpois limpei a casa. Acabei indo dormir tarde e nem cheguei perto dos meus livros e fitas que precisava transcrever. E ainda perdi hora pra ir trabalhar na segunda...rs mas o final deu tudo certo.

Aprendi uma coisa importante: a verdade nos liberta, por mais difícil que seja encará-la. E a verdade é aquela que até agora eu não quis enxergar: tenho que aceitar que ele não me ama, apenas me mantém na reserva. Tenho certeza que esses 40 dias que tenho andado no deserto vão me devolver a liberdade.

"Se quiserem saber se volto, diga que sim, mas só depois que a saudade se afastar de mim."

domingo, 9 de março de 2008

Promessa de quaresma

Sou uma católica não mto convencional..... não acredito em sacríficios em si mesmos, pra mim eles só valem a pena se contribuírem para que nos tornemos pessoas melhores, nos libertarem, nos curarem.... Quaresma é um tempo especial pra isso, pra refletir, se converter no sentido de mudar de vida, tomar outra direção....

Por isso queria me abster de alguma coisa que trouxesse mudanças reais pra minha vida e fiz uma promessa de quaresma bem incomum: deixar de falar com uma pessoa por 40 dias. Isso parece até pecado... mas é em relação a um cara que é o meu pior vício no momento, ficar sem falar com ele é bem mais difícil que me privar de doces, chocolates ou festas.

Um paixão que já dura 2 anos e meio, ficamos esporadicamente, ele parece gostar de mim como amiga, mas é do tipo "não te quero, mas não te largo" e por causa dele minha vida fica em suspenso, nenhum um outro relacionamento dá certo porque não desencano dele.

É como se sentisse uma falta constante de algo, minha vida nunca está completa, nada me deixa totalmente feliz, nem a melhor das conquistas... parece um carma, uma doença.

Faltam mais duas semanas para o fim da quaresma e me mantive firme em não tomar a iniciativa de falar com ele, não procurá-lo, passei por períodos de angústia, tive crises de abstinência, mas já me sinto mais forte e mair livre, parece que está dando certo.

Contudo, o fato de eu não procurá-lo faz com que ele me procure com mais constância, me chama no MSN, me manda emails e aí eu dou uma balançada.... ameaço ceder

Tenho vontade de abandonar todas as coisas que tenho dito pra mim mesma quando ele procura e a esperança volta a tona: que ele não gosta de mim, só me mantém na reserva, que ele não é pra mim, não é tão perfeito como parece, que é o que sinto que me ilude.

Assisti um filme legal que me ajudou nisso chama-se "O amor não tira férias", tem uma personagem que se parece mto comigo, tem um relacionamento como o meu. Ver-se refletido em outra pessoa nos ajuda a nos enxergar de fora e a refletir sobre nossas atitudes. Senti raiva de mim ao perceber que eu me comportava como ela.

Agora meu desafio final é dizer a ele a próxima vez que me procurar que não posso ser mais amiguinha dele, que é preciso que fiquemos sem nos falar por um tempo até desencanar de uma vez por todas, que não quero mais que ele me procure.

Temos "conversado" por frases no MSN. As minhas: "Toda história tem um fim, mas na vida cada fim é apenas um começo" e "Difícil não é lutar pelo que se quer e sim desistir do que mais ama." E a dele: "Ela não deveria fechar a porta aberta."

Há dois anos tento esquecê-lo e percebi que não conseguiria fazer isso sozinha e resolvi pedir a ajuda de Deus e Ele tem me ajudado....