quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Todos os homens são bipolares ou só os que ficam comigo?

É tem mais um bipolar na minha vida. Daqueles que somem do nada e reaparecem mais do nada ainda. Que num dia dizem que gostam de mim e que sentiram saudades e depois desaparecem por semanas, sem deixar sequer uma pista do que possa ter acontecido, nenhum vestígio.

Fiquei pensando se todos os homens são assim ou se sou eu que atraio homens assim... Aí me lembrei que nem todos são assim não, já passaram pela minha vida alguns com características bem opostas, ou seja, os pegajosos. Mas desses últimos eu me livrei rapidinho.

Então a resposta é: eu que me atraio por homens assim. Como diz uma psicóloga amiga minha sou um rato na caixa de skinner, estímulos variados me enlouquecem. Ela diz que os ratos ficam muito viciados em algo quando não há um padrão para o estímulo que recebem. E o mesmo acontece comigo, quando nunca sei quando ele vai ligar, se vai ligar e quando vai reaparecer, fico numa ansiedade danada que causa dependência. Principalmente porque quando aparecem compensam toda a espera e a dúvida.

É, são os sumiços repentinos dos bipolares que me mantém atraída, enquanto os pegajosos não suporto por muito tempo. Bem que nem todos os bipolares me atraem, tem alguns que tem algo especial, que ainda não decifrei.

O mineirinho sumiu de novo e não foi só de mim não. A irmã também está procurando por ele desesperadamente via orkut e alguns outros amigos também.

Ele me disse na primeira vez que sumiu que ele era assim mesmo. Este parece ser um defeito bem comum entre os homens. Deve ter alguma explicação evolutiva pra isso (apesar de eu detestá-las). Os homens eram caçadores na pré-história e os que tinham essa necessidade de ficar longe deviam passar mais tempo caçando e eram melhores sucedidos em relação a prole, pois traziam mais alimento! Mas porque será então que os pegajosos também se perpetuaram? Ah, estes devem ter evoluído mais recentemente. Foram selecionados pelas mulheres carentes que não conseguiam se relacionar com os bipolares e por isso tiveram algum sucesso evolutivo. hahahah Quanta bobagem!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Lendo os sinais da vida cotidiana: encontros!

É quaresma! Tempo para nós, católicos, de reflexão profunda, sacrifício e conversão. Praticamos a privação ou algum outro ato que nos fortaleça o espírito. Eu fiz duas intenções para este período: estou me privando de carne para treinar o domínio sobre minha própria vontade (não que ela me faça tanta falta assim, mas as vezes me tenta um pouco) e pretendo estar mais aberta às pessoas. Quanto a primeira, ainda não tenho uma opinião formada sobre o consumo de carne (e enquanto não tenho, o melhor é não comer) e não sei se manterei esta decisão após a quaresma. A segunda é uma coisa que quero mudar em mim definitivamente. Acho que é uma das coisas que me falta pra ser completamente feliz.

Por mais que tenha melhorado muito nesse quesito, eu ainda sou um pouco tímida, temo incomodar as pessoas, quase não falo com desconhecidos. Ou falo com muitas reservas, medindo muito as palavras. Esta é uma marca do nosso tempo e das grandes cidades: pessoas cada vez mais sozinhas que não falam uma com as outras ou quando o fazem estabelecem apenas relacionamentos superficiais. E eu sou assim, raramente eu me envolvo com alguém verdadeiramente, sou de pouco contato físico, mesmo com as pessoas mais próximas. Mas quero mudar isso porque percebi que a intimidade que nos faz feliz. Essa castração emocional é um bloqueio. Quero me aproximar mais dos velhos e novos amigos.

E este tem sido o maior desafio (não comer carne é muito fácil perto de falar com estranhos rs), mas estou conseguindo avanços e meu universo está colaborando pra isso. Ontem minha roomate chegou e eu a esperei para irmos para a Unicamp e almoçarmos juntas, fazia tempo que não nos encontrávamos, pois ela esteve viajando. Fiz várias perguntas sobre a viagem dela à África (porque realmente me interessava) e ela me contou tudo detalhadamente, depois me contou sobre os novos desafios da vida dela, das dificuldades. Após o almoço nos separamos e por coincidência, nos encontramos novamente no ônibus de volta pra casa e podemos continuar conversando (na verdade, foi providência porque ela nunca volta aquele horário pra casa). E hoje aconteceu de novo, a mesma coisa com uma desconhecida. A moça que se sentou ao meu lado na ida para a faculdade, sentou-se novamente na volta. E era uma pessoa pela qual senti uma empatia estranha, considerando que nunca falei com ela. Mas eu não consegui falar com ela, mesmo com o universo conspirando a favor disso. Falhei na minha intenção hoje, mas amanhã espero ser melhor. Fiz muitos outros atos de aproximação com as pessoas durante o dia, foi só com esta moça que não falei.

Contudo, há outros sinais bem mais difíceis de serem lidos. É, estou falando do sexo oposto: será que eles são tão bipolares ou mentem pra gente mesmo? Embora eu queira me aproximar das pessoas, vou ser sempre sincera em relação ao que sinto! Nunca falo que senti saudades ou que gosto de alguém se não for verdade. Pois o mineiro me disse tudo isso no domingo, já vinha dizendo há muito tempo pelo msn enquanto estava em Minas, que me adora, que sentia saudades! E eu nunca respondia da mesma forma porque não seria sincera. Mas no domingo quando nos vimos, eu fiz elogios sinceros a ele. E depois disso ele sumiu. Está certo que eu disse a ele que eu ía embora na terça de manhã, ele não sabia que eu consegui permissão do meu chefe na segunda-feira pra ficar a semana toda em Campinas. Se ele está jogando, está dando certo.... A vontade de vê-lo me deixa ansiosa e eu não paro de pensar nele! :(

domingo, 21 de fevereiro de 2010

4 Kg mais magra e 4 toneladas mais feliz :)

Depois de terminar a tese, passei a caminhar todos os dias e o calor que tem feito me tira um pouco a fome. Resultado: Estou 4 Kg mais magra e com o corpo bem mais perto do ideal.

Está certo que perdi muitos admiradores entre os trabalhadores da construção civil (eles gostam de abundância rs), mas me sinto bem melhor.

Mesmo assim, há alguns dias uma velha conhecida me assaltou: a insatisfação! (E dessa vez nem posso dizer que era TPM). Aquele sentimento de que nada está bom e nenhuma das minhas conquistas me traz felicidade. Nem ficar me lembrando o tempo todo de tudo de bom que tenho na vida me faz sentir melhor. Acho que uma noite mal dormida e o pior dos meus pesadelos colaborou pra isso (sonhei que my lover ía casar e eu tinha descoberto isso pela internet). Para variar foi um sonho bem real.

Semana passada tive mais um discussão com ele. Está certo que fui eu que provoquei, mas não entendo porque ele continua tentando me converter se já encontrou a mulher perfeita, ou seja, idêntica a ele, o que pra uma pessoa vaidosa e narcisista é o ideal. Ele fala tanto de liberdade, mas se prende em regras de vida ditatoriais e procura engessar todos ao seu redor nessas regras. E era isso que eu queria pra minha vida? Viver assim? Ele deve ser doente. E eu devo ser pior já que o queria. Mas agora estou cada vez mais convicta que eu não seria feliz ao lado dele. E se ele não está comigo é porque em primeiro lugar eu gosto de mim mesma e não permito que ninguém me escravize. Eu aprecio e celebro a diferença e a diversidade, por isso o fato dele ser tão diferente de mim me atraia, enquanto ele não convive nada bem com a diferença, ou melhor, a abomina.

Mas assim como a insatisfação veio, ela se foi. Ficou pouco. Acho que estar sozinha o dia todo que contribuiu pra que ela se aproximasse. Mas no dia seguinte já fui pra faculdade, tive duas reuniões produtivas com pessoas das quais eu gosto, só ouvi elogios. No dia seguinte comprei um aspirador de pó que eu queria há tempo e me diverti limpando minha casa. A noite fui num bar super bonito e badalado com duas amigas e fazia tempo que eu ansiava por uma baladinha por aqui. Também estou apaixonada pelo livro que estou lendo (voltei a ler) que é uma agradável companhia: "Comer, Amar, Rezar" que narra a busca de uma mulher pelo prazer e pela espiritualidade e foi escrito de uma forma deliciosa. Coisas simples que tem me deixado muito feliz.

Hoje meu mineirinho vem pra cá, chega no final da tarde e desde a hora que acordei estou esperando ansiosamente por ele, uma ansiedade que eu não experimentava há tempos :)




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O professor de tênis

Entre as pessoas que conheci recentemente, uma das amizades mais divertidas que estabeleci foi com meu professor de tênis. As aulas são ótimas, porque além dele jogar comigo, ele narra o jogo me fazendo rir o tempo todo.

Ele é lindo, engraçado e safado. Vive me cantando (mas na brincadeira, porque ele namora).

Como diz minha irmã: Ele te canta porque você o paga, é cliente dele.

E eu respondo: Há coisas na vida que o dinheiro não compra, pra todas as outras existe Mastercard... rs

Esta semana liguei pra ele pra marcar a aula e e em tom engraçadinho ele foi logo dizendo:

- Comprei uma cama de casal...

E eu respondi:

- Agora só precisa terminar com a namorada...

E me manda mensagens no celular no meio da semana com apenas a seguinte inscrição: DELÍCIA.

E me faz proposta indecentes do tipo:

- Vamos fazer um menage a trois?

E eu respondo:

- Vamos! Eu, você e sua namorada!

- Minha namorada não!

- Só faço se for com a sua namorada!

- Mas ela não topa!

- Não topa porque ainda não me conhece.

- Minha namorada não!

- Tá com medo de sua namorada gostar mais de mim que de você, né? E de você sobrar no menage. Vai ficar só olhando...rs

Isso sem falar quando estamos no msn e ele fala que só vai ter aula de tênis se o Palmeiras ganhar e que então eu posso tratar de torcer pro Palmeiras. E eu até tento, mas respondo!

- É duro torcer pro Palmeiras, hein? rs Tenho pena de você. Esse time não colabora com a nossa felicidade.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Se lembrar de celebrar muito mais :)

Finalmente defendi minha tese de doutorado e correu tudo dentro do esperado. O trabalho foi bastante elogiado e a defesa foi tranquila, embora tenha durado 5 horas... Enfim, doutora! Meus pais e alguns amigos estavam lá pra compartilhar esse momento de felicidade comigo. meu pai disse que nunca tinha me visto chorar (exagero, né?) e tinha certeza que eu não ía chorar, mas dessa vez a emoção me venceu :)

É claro que um momento importante como este merece muita comemoração :) Depois da defesa almocei com a banca e minha família em meio a uma conversa bastante descontraída. Meus pais que não queriam almoçar com os "doutores" (rs) foram os que mais falaram. Meu pai até convidou um dos membros da banca pra ir pescar na nossa cidade e ele garantiu que vai. rs

Depois da defesa voltei com meus pais pra Jacuba e no domingo fizemos um almoço para toda a família, todos os tios presentes e a maioria dos primos. Minha família é muito especial e essa é uma forma de agradecer por tê-los comigo.

Durante a semana comemorei com os amigos do trabalho na universidade, fomos tomar vinho chileno que um amigo trouxe trancados na sala da vice-chefe, que compartilhou da traquinagem. Embora eu tivesse avisado a ela que estamos todos no estágio probatório e podemos ser demitidos por justa causa. rss No dia seguinte ela disse baixinho pra mim e um colega quando nos encontrou no corredor: contraventores! hahaha O vinho deu um calor terrível, trancados na sala apertadinha e quente e com os ouvidos atentos para o corredor. Foi divertido!

E por fim, passei este final de semana comemorando com os amigos de Campinas. Um ótimo final de semana que eu não tinha a tempos... Fui na Unicamp buscar os documentos da defesa e depois foram três dias no shopping aproveitando as liquidações, no teatro com a Lilian, piscina no domingo de manhã e um encontro quente com meu ficante de Campinas.

O teatro foi o melhor! Fomos assistir "As Olívias palitam", uma comédia que me fez rir por duas horas sem parar. A sessão estava lotada e depois que acabou fui pra casa da Li, dormi lá e fomos pra piscina na manhã seguinte e depois almoçamos juntos.

O encontro com o ficante foi logo que cheguei... estávamos sentindo falta um do outro. rss ele queria me ver na véspera da defesa, mas eu disse que não podia, pois estaria concentrada.

Em síntese, foi um ótimo final de semana, pra descansar e recarregar as baterias. Eu ansiava por ele e o merecia há tempos...

Logo depois da defesa, eu tive o que as minhas amigas chamaram de "depressão pós-parto" (rs), a tese já era tão parte de mim que eu comecei a pensar como ía viver sem ter que trabalhar nela e agora com mais tempo pra pensar na vida, a tristeza por my lover que estava contida, voltou com tudo. Comecei a bordar ponto cruz pra substituir a tese, comprei um livro legal pra ler e estou me dedicando a todas as coisas que eu não podia fazer quando tinha que terminar a tese, inclusive emagreci 4 kg. E nada com um final de semana feliz com pessoas interessantes e amigas para aplacar a tristeza.

Esqueci de dizer que comprei uma correntinha de ouro linda pra marcar a data da defesa :) dentre alguns outros presentes pra mim mesma. Afinal, eu mereço ;)