sexta-feira, 20 de junho de 2008

Reflexões de aniversário - Continuação.

Quando a gente faz aniversário é um momento propício pra pensar no que vivemos até agora, no que aprendemos, no erros que cometemos e quais são nossas prioridades daqui por diante. Enfim, fazer um balanço.

Acho isso importante, mas faço bem menos que deveria. Nesse último aniversário tive tempo pra pensar um pouco sobre minha vida e chegar a algumas conclusões sobre mim mesma. Lá vão elas...

Tudo que consegui até agora, as minhas conquistas, foram fruto de perseverança, paciência e capacidade de suportar as angústias e dificuldades. A aprovação nos vestibulares das universidades públicas, o Mestrado, o Doutorado, os artigos em revistas, o emprego dos meus sonhos.

Eu acreditava nisso, tinha certeza que era isso que queria, por isso apostei nos desafios profissionais e acadêmicos apesar as inseguranças, da falta de bolsa em alguns momentos, da falta de emprego em outros...

Tenho pensando em porque não somos assim nos relacionamentos. Porque as pessoas nos dizem pra desistir de um relacionamento que não decola rapidamente e não nos aconselham dessa forma qdo a questão é os estudos ou o trabalho. Parece que o "felizes para sempre" tem que acontecer num prazo máximo de 8 meses, como ocorre nas novelas. Seriam os relacionamentos um jogo mais arriscado ou mais fácil de trocar de objetivos (já que há mais homens disponíveis que empregos)? Devemos desistir mesmo qdo os sentimentos são fortes e temos certeza do que queremos?

Na verdade, parece que os relacionamentos viraram um item de consumo: ou eles te dão prazer imediato ou é melhor trocar logo o produto. Por esse motivo, as pessoas ficam nessa expectativa para o rolo virar logo namoro, pra saber se o outro corresponde ou não, se é pra valer ou não. E assim perdem a oportunidade de sentirem intensamente e aproveitarem uma das melhores coisas da vida. Como diz Paulo Freire, aqueles que dizem que é perigoso esperar, não conhecem a alegria da sua chegada.

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